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Acesso em 26/11/2024 às 06h00.

Crea-ES aponta corrosão, umidade e excesso de peso como causas da queda da marquise do edifício Jerônimo Monteiro

21 de fevereiro de 2024, às 19h35 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

A marquise que desabou na madrugada desta quarta-feira (21/2), no edifício Jerônimo Monteiro, no centro de Vitória, apresentava avançado estado de corrosão, acúmulo de resíduos e detritos, umidade e peso excessivo, provocado por camadas adicionais de concreto e outros materiais na laje.

A constatação preliminar é da equipe multidisciplinar do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), que esteve no local nesta quarta-feira (21/2) realizando, sob a determinação do presidente do Conselho, engenheiro Jorge Silva, levantamentos fiscais e técnicos sobre a estrutura.

“Observamos um acúmulo significativo de resíduos e detritos que obstruíram a drenagem das águas da chuva. Garrafas e outros objetos estavam localizados na entrada do sistema de drenagem da marquise, provocando obstrução e causando acúmulo de água. Também constatamos camadas adicionais de concreto e outros materiais na laje, possivelmente não previstas no projeto inicial. Isso provavelmente provocou um aumento do peso a ser suportado pela marquise”, disse o coordenador da vistoria engenheiro civil, ambiental e de segurança do trabalho Giuliano Battisti.

Os engenheiros também detectaram um estado de corrosão avançado na armadura de aço da estrutura de concreto armado e importante grau de umidade na marquise, causado por falta de impermeabilização, o que favoreceu a penetração de água na estrutura. “A umidade possibilitou o crescimento de vegetação e musgos na laje da marquise, ocasionando danos à médio e longo prazo à estrutura”, explicou Battisti.

Durante a vistoria do Crea-ES, foi constatada ainda a necessidade de aumentar a distância de isolamento da área, visto que algumas partes da marquise, que já haviam desabado, poderiam ainda se movimentar atingindo pessoas e veículos. As orientações foram repassadas à Defesa Civil Municipal. O relatório final do Conselho sobre as causas e condições do desabamento será concluído no prazo de 15 dias.


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