Falta de manutenção provocou queda de varanda de prédio em Porto de Santana, Cariacica

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) alerta para o estado gravíssimo em que se encontram imóveis antigos no estado. Condições precárias de conservação, com aços expostos e fragmentos se desintegrando, tem sido as grandes causas de quedas e desabamentos de estruturas, representando riscos para moradores e pedestres.

Nesta terça-feira (27/2), as equipes técnicas e fiscais do Conselho realizaram levantamentos técnicos e documentais num prédio localizado em Porto de Santana, em Cariacica, onde uma varanda do terceiro andar de um prédio caiu, atingindo, inclusive, estruturas de outras casas próximas ao local. A falta de manutenção preventiva e periódica foi, mais uma vez, a principal causa do acidente, ocorrido na tarde desta segunda-feira (26/2).

“Há muito tempo estamos alertando para a importância da manutenção preventiva e periódica, em imóveis públicos e privados. Quando isso não acontece os riscos de colapso e desabamentos são muito grandes. E, a integridade física de todos aqueles que circulam pelo local, fica comprometida. Os órgãos municipais precisam monitorar esses casos. Os riscos podem ser neutralizados com reparos, reforços estruturais e outras medidas. Os proprietários dos imóveis também precisam entender a necessidade de fazer essas manutenções”, disse o presidente do Crea-ES engenheiro Jorge Silva.

O gerente de Relacionamento Institucional do Crea-ES engenheiro civil, ambiental e de segurança do trabalho Giuliano Battisti informou que o imóvel vistoriado em Porto de Santana não tinha histórico de manutenção e que, de acordo com registros fotográficos antigos, apresentava estrutura com aço exposto e corroído há vários anos. “O Crea-ES orienta que ações emergenciais sejam tomadas. Sugerimos que o município acompanhe a situação crítica desses imóveis. Em casos de não haver possibilidade de uma recuperação imediata, indicamos o isolamento, a interdição dessas áreas até que as manutenções sejam realizadas. Se a situação permanecer como está, a sociedade corre risco”, pontuou o gerente de Relacionamento Institucional do Crea-ES engenheiro civil, ambiental e de segurança do trabalho Giuliano Battisti.

O presidente do Conselho engenheiro Jorge Silva reiterou a importância do bloqueio dessas áreas com riscos: “Vamos recomendar aos órgãos responsáveis que imóveis que demonstrem riscos de desabamento sejam interditados ou isolados até que as manutenções e reparos o sejam executados pelos responsáveis. Os riscos estão em imóveis e estruturas públicas e privadas em todo estado: marquises, varandas, postes, abrigos de ônibus, suporte metálico de ar condicionado em edifícios, entre outras estruturas”, anunciou.