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Acesso em 28/01/2025 às 00h35.

Crea-ES apura acidente com poço de petróleo em São Mateus

Há evidências de falhas mecânicas e técnicas. Conselho também identificou que a empresa responsável pela perfuração do poço não estava regular

22 de outubro de 2024, às 11h23 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

Há evidências de falhas mecânicas e técnicas. Conselho também identificou que a empresa responsável pela perfuração do poço não estava regular

Uma equipe multidisciplinar do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) acompanhou nesta segunda-feira (21/10) as medidas que estão sendo implementadas no Campo de Inhambu, em São Mateus, Norte do Espírito Santo, para mitigar os danos causados pelo vazamento de emulsão de óleo e perda de vapor num poço de petróleo da região.

Engenheiros ambientais, de petróleo e gás, de segurança do trabalho, geólogos, além de mecânicos, eletricistas, civis e agrônomos realizaram vistoria técnica e fiscal e deram início ao levantamento de informações para apurar as razões do acidente e contribuir com o restabelecimento da área afetada. Também ocorreu uma reunião com os responsáveis técnicos das empresas prestadoras de serviços envolvidas na exploração para discutir as soluções mais emergentes.

“Já há evidências que houve falhas mecânicas e técnicas. Também identificamos que a empresa responsável pela perfuração do poço não está registrada no Crea-ES, o que acarretará autuação e multa. Solicitamos oficialmente a empresa responsável pela operação no local, todos os documentos fiscais e técnicos, inclusive o plano de emergência e o plano de recuperação diária relacionados ao evento”, disse o presidente do Crea-ES engenheiro Jorge Silva.

Para ele, haverá necessidade de se programar um Plano de Recuperação de Área Degradada uma vez que parte importante daquela região foi atingida. O Conselho, que está colaborando no levantamento da área afetada com a utilização de drones, ainda não consegue precisar o total da região impactada, mas adianta que a extensão da área atingida já ultrapassa o noticiado e que a quantidade de vazamento da emulsão de óleo passou dos 28 mil litros e atingiu o entorno do campo, a fauna e a flora local.

“Importante frisar que as medidas de urgência foram tomadas e estão sendo executadas pelas empresas responsáveis. Há também um corpo técnico especializado, tanto por parte da empresa que explora o campo de petróleo como dos terceirizados. Verificamos, também, que as empresas e os responsáveis técnicos que estão atuando no local estão devidamente regularizados no Conselho”, disse Jorge Silva.

Apesar das medidas mitigatórias já estarem em andamento seguindo as normas técnicas e sob orientações dos órgãos ambientais e do Crea-ES, como a limpeza parcial do local e a retirada dos materiais e resíduos contaminados, ainda há a preocupação e a possibilidade da situação se agravar por conta das chuvas que incidiram na região na segunda-feira. “Com a chuva, a limpeza do local fica prejudicada. Os materiais que foram contaminados estão sendo retirados com uma limpeza parcial, no entanto, a movimentação desses resíduos vai depender muito da temperatura, das chuvas e dos ventos”, explicou o presidente.

As equipes do Conselho permanecerão na região e acompanharão os trabalhos durante toda a semana. Um relatório parcial será enviado na próxima sexta-feira (25/10) à Agência Nacional de Petróleo (ANP), ao Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema) e ao Ministério Público Estadual. O Relatório completo será finalizado em até quinze dias.


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