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Acesso em 11/07/2025 às 09h27.

Crea-ES identifica desprendimento natural de rocha e afasta falha técnica em mineradora de Cachoeiro

9 de julho de 2025, às 22h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

Após vistorias fiscal e técnica realizadas nesta quarta-feira (9/7), na pedreira da empresa Minerasul, localizada na comunidade de São Simão, zona rural de Cachoeiro de Itapemirim, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) concluiu que a empresa está regular e opera dentro das normas técnicas e legais estabelecidas pelos órgãos competentes.

A ação do Crea-ES foi motivada por preocupações de moradores após um desprendimento de rocha no último dia 3 de julho, que gerou danos e apreensão na região. A vistoria contou com uma equipe multidisciplinar de engenheiros, geocientistas, tecnólogos e especialistas em segurança do trabalho, que realizaram análises técnicas detalhadas no local.

De acordo com os resultados da inspeção, a Minerasul está devidamente registrada no Crea-ES, com profissionais habilitados e Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) vinculadas aos serviços executados. A empresa também possui autorização e fiscalização da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Exército Brasileiro, responsável pelo controle do uso de explosivos.

O trabalho de detonação foi considerado tecnicamente adequado e conduzido conforme os protocolos de segurança exigidos. As inspeções incluíram a utilização de drones para captura de imagens aéreas, além da análise de dados sísmicos coletados pela empresa. Esses procedimentos permitiram avaliar a estrutura geológica da pedreira, identificar possíveis falhas e medir os impactos da atividade mineradora.

Segundo o representante do Crea-ES em Cachoeiro, o geólogo e engenheiro de segurança do trabalho Roberto Bravo, não houve qualquer tipo de “ultra projeção” ou lançamento anormal de fragmentos durante as detonações. “A situação está controlada. O que ocorreu foi o desprendimento natural de uma capa de rocha, do lado oposto ao da detonação, fora da área abrangida pela licença ambiental. Esse fragmento, já isolado do maciço rochoso devido à ação do tempo, perdeu aderência e se soltou, caindo em queda livre, o que gerou o deslocamento de pequenos fragmentos. As detonações foram realizadas corretamente e não foram responsáveis por esse movimento,” explicou Bravo.

Ainda segundo o especialista, não há possibilidade física ou técnica de que um fragmento de grande porte, como o registrado, seja lançado pela força da detonação para a parte oposta ao maciço. A movimentação foi classificada como um processo natural, potencialmente influenciado de forma indireta pela vibração da atividade mineradora. Por determinação do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), a empresa suspendeu temporariamente as detonações na área onde houve o escorregamento, até que apresente um plano de ação para prevenir novos desprendimentos.

Durante a vistoria, a Minerasul também recebeu orientações do Crea-ES quanto à mitigação do ocorrido e medidas preventivas para evitar futuros episódios semelhantes. “Nosso compromisso é com a segurança da população, a responsabilidade técnica e a legalidade no exercício das profissões fiscalizadas pelo Conselho. Continuaremos acompanhando o caso, sempre com foco na segurança e na sustentabilidade das operações que envolvem a Engenharia, a Agronomia e a Geociências no estado,” reforçou o presidente do Crea-ES, engenheiro Jorge Silva.


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