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Acesso em 30/05/2025 às 05h59.

Crea-ES suspende demolição de ginásio e exige laudo de imóvel vizinho por risco estrutural

21 de maio de 2025, às 16h08 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) oficiou nesta terça-feira (20/5) a construtora responsável pela obra no Ginásio Jones dos Santos Neves, em Vitória – onde ocorreu o desabamento parcial da estrutura no último sábado (17/5) – por constatar riscos de novos desabamentos, o que colocava os funcionários da obra, moradores da região e usuários das vias, sob sério e iminente risco.

Embora tenha ocorrido a remoção de grande parte do entulho, os engenheiros entendem que ainda existe a necessidade de medidas de segurança que envolvem, entre outras ações, a retirada de parte de parede remanescente, que apresenta trincas e instabilidade nos pilares e alvenaria e risco de desabamento. “O risco de desabamento desta parte remanescente da estrutura do ginásio requer sua demolição para garantia da segurança dos trabalhadores da obra e daqueles que acessam o local. É fundamental a demolição”, explicou o presidente do Crea-ES engenheiro Jorge Silva.

Além disso, o gerente de Relacionamento Institucional do Crea-ES engenheiro Civil, Ambiental e de Segurança do Trabalho Giuliano Battisti, que esteve realizando nova vistoria na manhã desta terça-feira (20/5), destacou a importância da suspensão dos trabalhos até que se tenha condições climatológicas que possibilitem a retomada dos trabalhos com segurança aos trabalhadores. “Devido os últimos eventos climáticos, aliados às características do solo e a necessidade de utilização de máquinas pesadas para continuidade dos trabalhos, o local não apresenta estabilidade adequada para o desenvolvimento necessário e seguro das atividades inerentes à demolição”, pontuou.

Em vistoria adicional, os especialistas do Crea-ES também identificaram, num trabalho preventivo, danos em um imóvel vizinho, onde funcionava o antigo Departamento de Imprensa Oficial (DIO). “O impacto da queda da estrutura do ginásio causou trincas em alvenarias e avarias em ao menos três pilares, indicando potenciais riscos estruturais que precisam ser avaliados com urgência. Determinamos a empresa responsável pela obra no DIO que suspenda quaisquer serviços ou atividades no local até que seja elaborado um Laudo Técnico Conclusivo que comprove a estabilidade estrutural do imóvel”, disse o presidente do Crea-ES.

Diante disso, o Crea-ES emitiu ofícios formais às duas construtoras:

GINÁSIO – Determinando a suspensão dos trabalhos de demolição no ginásio, até que haja condições técnicas e climáticas seguras para retomada, mediante apresentação da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) específica para a atividade e cumprimento das normas técnicas vigentes.

DIO – Solicitando a apresentação, no prazo de até 15 dias, de Laudo Técnico Conclusivo sobre a estabilidade do imóvel, elaborado por profissional habilitado, com emissão da respectiva ART. Até que haja comprovação de segurança estrutural, ficam suspensas quaisquer obras, serviços ou atividades no referido imóvel, a fim de proteger trabalhadores e pessoas que circulam pela região.

O Crea-ES fundamenta sua atuação nos artigos 24 e 34 da Lei Federal nº 5.194/66, além das disposições do Decreto nº 23.569/33 e da Lei nº 6.496/77, que conferem à autarquia a competência legal para fiscalizar o exercício profissional da Engenharia, Agronomia e Geociências, bem como garantir que obras e serviços sigam os padrões técnicos e legais estabelecidos; e reforça seu compromisso com a proteção da sociedade capixaba, assegurando que as práticas de engenharia no estado sejam pautadas pela ética, responsabilidade técnica e segurança.

Um relatório técnico de vistoria elaborado pelo Crea-ES está previsto para ser divulgado na próxima sexta-feira (23/5). “A autarquia seguirá acompanhando a situação de forma contínua – em caráter educativo, orientativo e punitivo, com novas vistorias e a adoção das medidas necessárias para prevenir acidentes e assegurar a segurança de trabalhadores e da população, exigindo rigor técnico, boas práticas, ética e legalidade profissional, com a devida responsabilização dos envolvidos”, concluiu Jorge Silva.


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